Um patrimônio de origem medieval no Brasil : guia classificatório dos incunábulos da Fundação Biblioteca Nacional

Autor(es): 
Kátia Brasilino Michelan

Chegando ao Brasil, em 1808, D. João, ainda como Príncipe Regente, abriu imediatamente os nossos portos às nações, instalou definitivamente o governo e espalhou pela capital os tesouros que trouxe de Lisboa, tais como a Biblioteca Real e seus incunábulos raríssimos. Raríssimos não somente pela sua antiguidade (século XV) e por representarem os primórdios da imprensa do tempo de Gutenberg, como ainda pela maravilha das iluminuras decorativas, tão ao gosto dos medievais. Por isso mesmo, muitos incunábulos são considerados monumentos prototipográficos de beleza incomparável.

Na história da imprensa, só em casos isolados a obra do antigo impressor mereceu um interesse particularmente histórico ou estético. Os incunábulos, por outro lado, nos oferecem, não apenas uma grande visão do desenvolvimento da imprensa naqueles tempos, mas também formam a única tradição de produções da Idade Média, associada à estética do livro. Sob esse aspecto, essas preciosidades constituem para o bibliófilo matéria de uma significação especial. Eles são importantes por variadas razões, desde a da antiguidade e da raridade, até a da beleza gráfica e estética.

  Daniel André Pacheco Fernandes (editor)

Conteúdo desta edição

Coleção Rodolfo Garcia Vol. 45


fonte: https://www.bn.gov.br/producao/publicacoes